Os estudos do corpo e do território, no campo das humanidades, estão centrados em problemáticas que atravessam diferentes campos disciplinares e áreas do conhecimento, como a antropologia, a filosofia, a sociologia, a geografia, a psicologia, a arquitetura, o urbanismo, os estudos culturais, entre outros. Esta articulação busca, de um lado, uma perspectiva etnográfica, a partir de investigações empíricas em diferentes contextos, e de outro, um ponto de vista interdisciplinar. Nesse sentido, o Cóccix – Estudos (In)disciplinares do corpo e do território oferece justamente um espaço de interlocução acadêmica, a partir de uma perspectiva decolonial, para a reflexão, o debate e o incentivo a pesquisas que pretendam realizar a articulação entre corpo, espaço, território e diferença e temas correlativos. Esta articulação busca, de um lado, uma perspectiva etnográfica, a partir de investigações empíricas em diferentes contextos, e de outro, um ponto de vista
Este grupo de pesquisa tem como objetivo reunir investigadoras(es) em diferentes etapas da formação acadêmica que têm se debruçado sobre problemáticas que envolvem experiências de corpo, território, trânsitos e subjetividades a partir de uma perspectiva etnográfica no diálogo com outros campos de conhecimento das humanidades sob a ótica interdisciplinar. A proposta originou-se de um grupo de estudos dentro do Laboratório de Antropologia Urbana (LabNau) da Universidade de São Paulo, desde 2016, e tem se fortalecido como um grupo independente que busca realizar cruzamentos e atravessamentos teóricos-metodológicos entre os estudos urbanos, os estudos rurais e os marcadores sociais da diferença, enfatizando desigualdades de raça, gênero, sexualidade e território.
Atualmente, os principais temas abordados pelas(os) pesquisadoras(es), desde a iniciação científica ao pós-doutorado, estão voltados para corporeidades e movimentos, transgeneridades, transexualidades e travestilidades, ocupações do espaço urbano, territórios fronteiriços, raça, gênero e Estado, mercados do sexo e prostituição, memória e violência de Estado, mulheres periféricas, biografias e autobiografias, feminismos negros e não-brancos.
Nesses próximos quatro anos, pretende fortalecer sua perspectiva interdisciplinar, continuar seus debates e seminários permanentes sobre diferentes produções bibliográficas e pesquisas empíricas, com ênfase em miradas decoloniais e latino-americanas e organizar eventos acadêmicos que promovam a aproximação do enfoque antropológico com a interdisciplinaridade. Pretende também fazer parte, de forma mais ativa, do Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos.
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