DISCIPLINA: HDL5003 – Diálogos Interculturais

 

Docentes: Doris Accioly e Silva; Maurício Cardoso; Sandra Regina Chaves Nunes
    
Início: 09 de agosto de 2021
Dia da semana: segundas-feiras
Horário: 19h30 às 22h30
Modalidade: à distância
Nº de Créditos: 08

 

Período de Inscrições

Aluno Regular
Pré-matrícula: 05 a 11 de julho de 2021
Sistema Janus 

Aluno Especial, UNESP e UNICAMP
05 a 18 de julho de 2021
10 vagas
Mais informações: Inscrição Aluno Especial, Aluno UNESP E UNICAMP – 2º semestre 2021 | DIVERSITAS (usp.br)

 

PROGRAMA
 
Objetivos
Apresentar diferentes tradições teóricas de interpretação sobre arte e política e analisar três momentos significativos da experiência artística contemporânea: as práticas artísticas vinculadas as correntes anarquistas, as práticas das vanguardas, especialmente, o surrealismo, e a tradição do cinema moderno e do teatro épico no Brasil. Por meio da análise de movimentos artísticos e de obras de arte específicas, particularmente na literatura, no cinema, no teatro e nas artes plásticas, pretende-se oferecer uma reflexão diversificada sobre formas de intervenção do artista no mundo social. A disciplina propõe, assim, um diálogo sobre o papel da arte e sua eficácia na luta política.
 
Justificativa
Teorias sobre o papel da arte na contemporaneidade. Arte e política entre os séculos XIX e XX. O intelectual engajado e sua missão. O anarquismo e o papel da arte e do artista. Os movimentos de vanguarda europeia e o lugar da política. Surrealismo: manifestos e criação artística. Cinema moderno, cinema novo. Teatro épico no Brasil: tensões e diálogos.
 
Conteúdo
1. Teorias contemporâneas sobre Arte e Política nos séculos XIX e XX
2. O campo artístico e suas formas de intervenção: o surgimento da arte política.
3. Artista e intelectual engajado: movimentos sociais, partido, revolução
4. As concepções anarquistas sobre arte e política na Europa
5. Anarquismo, arte e política no Brasil
6. Literatura, cinema e música de tradição anarquista
7. As vanguardas europeias e a política
8. Os manifestos surrealistas
9. Surrealismo, contestação e estética da ruptura
10. Cinema moderno, cinema novo: estética e política
11. Glauber Rocha: politica, estética, revolução
12. Teatro político no Brasil dos anos 1960/70: Arena, Opinião e Oficina
 
Bibliografia
ARAGON, Louis. Le surrealisme et le de venir revolutionnaire. Le Surrealisme au Service de la Revolution, n. 3, p. 02- 09. Paris: 1931.
BERNARDET, Jean-Claude. Historiografia clássica do cinema brasileiro. São Paulo: Annablume, 2004.
BERNARDET, Jean-Claude. Brasil em tempo de cinema. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
____________. Cineastas e imagens do povo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.Pensadores). São Paulo: Abril Cultural, 1983.
BRETON, André. Position politique du surrealisme. Paris: Librairie General Française, 1997.
_____ Manifestos do Surrealismo. Trad. Luiz Forbes. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1985.
_____ Entretiens. Paris: Gallimard, 1969.
_____ Legitme Defense. La Revolution Sur- realiste, no 8, p. 30-36. Paris: 1o dez, 1926.
_____ Leon Trotsky: Lenin. La Revolution Surrealiste, no 5, p. 29. Paris: 15 oct, 1925.
BRETON, André & TROTSKY, Leon. Por uma arte revolucionária independente. Trad. Carmem Silva Guedes e Rosa Boaventura. 1. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
BAUDELAIRE, Charles. O pintor da vida moderna. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
BENJAMIN, Walter. O artista como produtor; in: Obras escolhidas: Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1993.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. São Paulo: Bertrand Brasil, 2006.
BOURDIEU, Pierre. As regras da arte. São Paulo: Cia das Letras, 2002.
BECKER, Howard. Les Mondes de L’Art, Paris: Flammarion, 1988.
BUENO, Maria Lucia. Artes plásticas no século XX. Modernidade e Globalização. Campinas: Editora da Unicamp/Imesp/Fapesp, 2001.
____________. Sociologia das Artes Visuais no Brasil. São Paulo: Editora do Senac, 2012.BÜRCH, Noel. Práxis do cinema. São Paulo: Perspectiva, 1992.
BAZIN, André. O cinema. São Paulo, Brasiliense, 1991.
BURGER, Peter. Teorias da Vanguarda. São Paulo: Cosac&Naify, 2010.
CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas Híbridas. São Paulo: EDUSP, 1997.
CASTORIADIS, Cornelius. A instituição Imaginária da Sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
COELHO, Plínio Augusto (Org.). Surrealismo e anarquismo: bilhetes surrealistas de Le Libertaire. São Paulo: Imaginário, 1990.
CASSIRER, Ernst. Ensaio sobre o Homem: Introdução a uma filosofia da cultura humana. 2ª Ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012.
CORREA, Felipe. Ideologia e Estratégia: Anarquismo, movimentos sociais e poder popular. São Paulo: Faísca, 2011.
CROW, Thomas. Modern art in the commom culture. New Haven/London: Yale University Press, 1996.
CARROUGES, Michel. André Breton et les donne es fondamentales du Surrealisme. 1ª ed. Paris: Gallimard, 1971.
CHENIEUX-GENDRON, Jacqueline. Le surrealisme. Paris: Presses Universitaires de France, 1984.
DUROZOI, Gérard & LECHERBONNIER, Bernard. O Surrealismo. Trad. Eugênia Aguiar e Silva. 1. ed. Coimbra: Almedina, 1976.
DANTO, Arthur. Após o fim da arte. A arte contemporânea e os limites da história. São Paulo: Edusp/Odysseus, 2006.
ELIAS, Norbert. Mozart: sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Zahar, 1995.
EISENSTEIN, Sergei. O sentido do filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
____________. A forma do filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
GOMES, Paulo Emílio Salles. Cinema: trajetória no subdesenvolvimento. São Paulo: Paz e Terra, 1996.Letras, 2009.
JAMESON, Frederic. Pós-modernismo. A lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo: Ática, 1996.
MACHADO, Arlindo. Pré-cinemas, pós-cinemas. Campinas: Papirus Editora, 1997.
KROPOTKIN, Piotr. Palavras de um Revoltado. São Paulo: Editora Imaginário, 2005.
MALATESTA, Errico. Anarquismo e Anarquia. São Paulo: Faísca, 2009.
MANFREDONIA, Gaetano. Arte e Anarquismo na França da belle epoque (1880-1914). IN: Vários autores. Arte e Anarquismo. São Paulo: Editora Imaginário, 2001.
PROUDHON, P. J. Do princípio da arte e de sua destinação social. Campinas: Editora Armazém do Ipê, 2009.
RESZLER, André. A estética anarquista. Rio de Janeiro: Achiame, 2000.
ROCHA, Glauber. Revisão crítica do cinema brasileiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1963.
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RODRIGUES, Edgar. O anarquismo: na escola, no teatro, na poesia. Rio de Janeiro: Achiame?, 1992.
ROSENFELD, Anatol. Teatro moderno. São Paulo: Editora Perspectiva, 1997.
ROUBINE, Jean-Jacques. A Linguagem da encenação teatral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.
SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno (1880-1950). São Paulo: Cosac & Naify, 2001.
VIANY, Alex. Introdução ao cinema brasileiro. Rio de Janeiro: Alhambra, EMBRAFILME, 1987.
PERET, Benjamin & GOMBROWICZ, Witold. Contra os poetas. Trad. Júlio Henriques. Lisboa: Antígna, 1989.

Forma de avaliação
- Leitura prévia da Bibliografia Básica de cada aula; 
- Elaboração de uma síntese por aula sobre a bibliografia básica discutida em sala de aula; 
- Participação nos debates em sala de aula; 
- Elaboração do trabalho final na forma de um artigo acadêmico (6 a 8 páginas) articulando o tema da pesquisa à bibliografia e aos temas discutidos na disciplina.