Autor
Raildo Silva de Alencar
Ano
2005
Resumo / Abstract

A espacialização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e sua territorialização é um processo dinâmico, determinado pela exclusão sócio-econômica pela qual passa grande parcela da população do país. Essa parcela excluída busca, por intermédio do movimento social, sua re-inserção na sociedade através da conquista da terra, vista como objeto e meio para o resgate da vida. Esses excluídos constituem uma heterogeneidade nos espaços de socialização dos assentamentos, engendrados pelo movimento social e, embora originados dos mesmos fatores de exclusão, refletem realidades territoriais e culturais variadas. A mescla de origens de vida distintas desenvolve uma socialização rica no processo, que apresenta dificuldades, mas também possibilidades de socialização. As concepções desenvolvidas neste trabalho são apresentadas a partir de um estudo de caso: o assentamento Nova Esperança 1, em São José dos Campos. Desta forma, algumas idéias devem ser relativizadas e circunscritas à área de estudo. Fatores locais influenciam no processo de territorialização do MST e dos assentados, tais como: o desejo pelo reconhecimento, a importância do vínculo familiar, as noções de liberdade, além da influência da organização sócio-econômica capitalista. Esses fatores desenvolvem conflitos sociativos que marcam a construção permanente do movimento social, de suas estratégias e a compreensão dos trabalhadores do processo político.

 


 

Área do Conhecimento
Geografia Humana