Os Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo: subsídios para a construção de representações

Autor
André Oliva Teixeira Mendes
Ano
2011
Resumo / Abstract

Deste o séc. XIX os arquivos vêm se consolidando, pelo menos no imaginário popular, como verdadeiros celeiros da história. No entanto, cabe ao pesquisador munir-se de um repertório cada vez mais eficiente para lidar com esses acervos, especialmente no que diz respeito ao caráter de representação (sob a perspectiva de Henri Lefebvre) expresso tanto em sua constituição quanto na disponibilização do material a ser utilizado pelo público pesquisador. Assim, a intenção desse trabalho é mostrar como o Arquivo Público de São Paulo responsabilizou-se por estabelecer uma determinada imagem do passado paulista especialmente por meio de uma de suas publicações: os Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. Criado como um órgão ligado diretamente à administração pública, a Repartição de Estatística e Arquivo (1892) incumbiu-se de recolher, selecionar, transcrever e disponibilizar um repertório significativo de documentos acerca do passado administrativo de São Paulo, vinculando-se com outras instituições, como o IHGSP (Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo) e o Museu Paulista, responsáveis por construir uma representação elitista do pioneirismo bandeirante, fosse por meio das análises documentais realizadas, fosse pelo estabelecimento de critérios para a seleção e descarte de documentos de seu acervo. Assim, essa dissertação quer demonstrar como a Repartição de Arquivo em seu vínculo com as instituições citadas acima, atuou, através de sua coleção Documentos Interessantes, como agente efetivo na construção de uma representação conservadora sobre a formação de São Paulo, levando à elaboração de uma representação da própria Repartição e de seu papel diante da sociedade civil.

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Área do Conhecimento
História