DISCIPLINA: HDL5031 – Alterciência: Proposições Críticas e Processos Criativos para o Conhecimento [Pesquisa, Teoria, História, Método, Práxis]

Docentes: Artur Matuck; Valdemar Setzer; Vanessa Lopes

Início: 01 de outubro de 2020

Dia da semana: quintas-feiras

Horário: 17h às 20h

À distância: plataformas Teams / Google Meet

Nº de Créditos: 08

 

PROGRAMA

 

Ementa

O conceito de Alterciência indica um novo paradigma que reconhece o ser humano em sua complexidade social, artística e intelectual, envolvendo suas áreas biológica, tecnológica, científica, espiritual e afetiva como sujeito de um novo conhecimento, transcendendo o fisicalismo típico da ciência moderna mas sem negar fatos científicos.

A Alterciência implica numa análise crítica da ciência moderna e contemporânea a partir de perspectivas filosóficas diversas: estética, espiritual, moral e física; mas também a partir de teorias emergentes, a ecologia, o feminismo, o de-colonialismo, a negritude, o anti-racismo, o anti-especismo, dentre outras. A crítica construtiva resitua a ciência atual em um processo de reformulação teórica, experimental, filosófica, moral e paradigmática.

Ainda que devamos reconhecer o importante papel da ciência moderna como força civilizatória a partir do Iluminismo, ela pode agora ser confrontada em seus fundamentos, em sua racionalidade exclusivista e totalizadora, em suas práticas e experimentações auto-validadas, e ainda em suas derivações tecnológicas e comunicacionais, suas aplicações na indústria, comercial ou militar e em seus efeitos diretos e indiretos nos modos de vida que formam o tecido social, na individualidade, no ambiente, na natureza e no planeta.

O programa prevê uma revisão da história, teoria, metodologia, filosofia e crítica da ciência mas também integra uma práxis pedagógica desafiando os participantes a conceberem suas próprias práticas para possíveis proposições de uma Alterciência surgida de seus projetos, interesses, experiências e vivências acadêmicas, criativas e vivenciais.

 

Objetivos

Esta disciplina pretende abrir um projeto de pesquisa, teoria, pedagogia e experiência nas universidades bem como na cultura propondo um processo de longo prazo e alcance. Seus objetivos envolvem a implementação de estratégias de interação, comunicação, práticas e pesquisas individuais e colaborativas visando inaugurar uma reflexão continuada, um movimento sócio-político e uma prática pedagógica e produtiva.

Seu propósito principal é o de instituir um pensamento singular propondo uma prospectiva crítica, uma ampliação do paradigma dominante, visando estabelecer possíveis pontos em comum entre a ciência e outras tradições filosóficas e espirituais. Além disso, a disciplina pretende ainda conceber e implementar um laboratório prático onde serão experimentadas as possibilidades das proposições da Alterciência a serem instauradas na forma de textos, imagens, vídeos, cinema ou multimídias.

Esse campo de pesquisa-ação será intitulado Alterciência e compreendido como uma ciência que respeita a vida, os pensamentos insurrectos, a vanguarda estética e política bem como os saberes ancestrais e as formas da subjetividade contemporâneas.

 

Justificativa

Esta desafiadora pesquisa altercientífica, acerca da complexidade do universo, do conhecimento, da expressão e do ser humano, já está sendo conduzida, mas apenas nas bordas das instituições. Repercutem apenas em meios intelectuais receptivos a inovações e, portanto, são pouco divulgadas ou debatidas. Além disso, não são conhecidas a partir do termo Alterciência, um termo recente, que este projeto pretende anunciar.

Certas limitações do pensamento científico tradicional, restrito a paradigmas raramente discutidos, impedem que novas propostas sejam absorvidas. A ciência permanece deste modo limitada, ainda que desafiada, por não aceitar observar, investigar, considerar fenômenos além do espectro de seus instrumentos ou que não se enquadrem em sua cultura ou paradigmas dominantes.

O reconhecimento de fenômenos supra-físicos na forma de epifanias, manifestações psíquicas ou de fenômenos paranormais, sagrados, espirituais, inquietantes ou ainda a aceitação de que seres vivos são sagrados e por isso têm direitos inalienáveis, implicaria numa confrontação dos fundamentos da própria ciência historicamente determinada pelo positivismo e pelo fisicalismo.

O paradigma ainda corrente da ciência institucional percebe animais, plantas, o próprio planeta e mesmo alguns seres humanos, como mecanismos físicos, desprovidos do numinoso, do preternatural, sem direitos à vida, à dignidade, ao respeito, e, portanto, disponíveis para serem controlados, experimentados, exauridos e mesmo comercializados.

Recentemente alguns campos científicos - a exemplo da cosmologia, da neurociência, da física quântica - começaram a reagir às certas transformações culturais passando a reconhecer e mesmo utilizar paradigmas alternativos de conduta e fundamentação teórica, aproximando-se das proposições de uma Alterciência.

Paradoxos e contradições tornam-se evidentes, quando a própria ciência desenvolve tecnologias para conhecer as dimensões invisíveis, micro ou macroscópicas, virtuais ou computacionais e no processo se depara com dimensões que se revelam existenciais, poéticas, sagradas, estéticas ou supra sensoriais.

Esta constatação deveria conduzir a uma necessária investigação sobre a natureza não revelada ou não compreendida, não aceita ou mesmo negada de fenômenos da vida e do universo quando são observados pela ciência positivista.

No entanto, não apenas em setores da ciência, mas também nas artes, na literatura, nas religiões, nas ciências humanas e na filosofia, a cultura se transforma e busca o reconhecimento da sabedoria ancestral, da religiosidade de culturas tradicionais e das formas contemporâneas da espiritualidade, ampliando assim a confrontação com uma ciência inflexível que pretende ter um paradigma imutável.

 

Metodologia

Será aplicada uma metodologia que responda criativamente à situação atual de isolamento através de uma estratégia midiática visando alcançar um óptimo rendimento informacional aliado a um projeto pedagógico de construção colaborativa do conhecimento e à uma prática exploratória de produção de um possível conhecimento altercientífico.

Palestras serão transmitidas online por videoconferências e gravadas para revisão posterior. Conteúdos complementares serão disponibilizados por meio de ferramentas digitais de ensino a distância permitindo formas de aprendizado assíncrono.

A transmissão de conteúdos propõe uma estratégia de ensino que reserva protagonismo ao aluno conferindo-lhe também a função de comunicador. Os textos listados para leitura são distribuídos para os alunos que manifestam maior ressonância com os autores e temáticas. Deste modo, nem todos os alunos são obrigados a ler todos os textos sugeridos. A metodologia propõe que todos os alunos leiam e preparem seminários sobre os sub-tópicos elencados atuando como estruturadores e transmissores, colaborando na produção de um banco de conhecimentos a ser estudado e consultado por outros alunos e professores.

Os professores, suas equipes de colaboração bem como os alunos formarão uma espécie de laboratório emergencial durante a vigência da disciplina visando o cumprimento dos seus principais eixos de ação.

  1. Transmissão: Uma parte essencial dos conteúdos programados serão transmitidos por videoconferências e disponibilizados para acesso assíncrono;
  2. Arquivo: Trechos selecionados das obras indicadas na bibliografia bem como palestras, podcasts e vídeos serão disponibilizados em uma ferramenta digital tal como Moodle ou Teams;
  3. Elaboração: Implementação de estratégias para conhecer, rever, coletar, ampliar e elaborar novos conteúdos para a área de Alterciência;
  4. Práxis: Prática laboratorial visando a exploração, pesquisa, experimentação de proposições que possam ser apresentadas como exemplos de Alterciência.
  5. Disseminação: Criação de um repositório digital e eventualmente físico de documentos, acerca da Alterciência de modo a disseminar proposições inclusive para outros públicos incentivando novos projetos de pesquisa e produção.

 

Atividades e Avaliação

O curso compreende aulas expositivas, leituras obrigatórias e optativas bem como exibição de vídeos. Os alunos serão avaliados por sua participação em atividades programadas, bem como por uma monografia individual analisando temas presentes na disciplina em consonância com seus projetos de pesquisa ou por uma produção proposta como Alterciência. Estes trabalhos serão apresentados para a classe suscitando debates e aprimoramento síncronos ou assíncronos.

As atividades de natureza mais exploratória através da qual os alunos buscarão instituir exemplos práticos de Alterciência serão desenvolvidos numa prática laboratorial que será programada em consonância com a equipe da disciplina e os participantes.

Ao final, os alunos deverão ainda fazer uma avaliação, usando o método “one-minute paper” desenvolvido na Universidade da Califórnia em Berkeley, respondendo às seguintes questões: 1. O que aprendi de mais importante; 2. Qual a maior dúvida que ficou; 3. Comentários. O tempo para este exercício poderá ser flexível.

 

Eixos Temáticos

  1. Fundamentos da Ciência Contemporânea Pura e Aplicada;
  2. História da Ciência e o Pensamento Ocidental;
  3. Alterciência: um paradigma crítico, ético, moral e espiritual;
  4. O conhecimento nas sociedades autóctones;
  5. A nova física e a microfísica da consciência;
  6. Direito ao conhecimento e à tecnolinguagem;
  7. Biologia, ecologia e os movimentos ambientais;
  8. Medicina e Farmácia segundo a Ciência e a Alterciência;
  9. Física Quântica, Artes Visuais e Estética da Ciência;
  10. A Dimensão da Linguagem na construção da Alterciência;
  11. O ser humano, a natureza e os animais na Alterciência;
  12. Ciências Humanas na perspectiva altercientífica.

 

Bibliografia

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Filmografia

Curadoria de Cristian Cancino

O documentário como ciência investigativa na etnografia:

Man of Aran (Robert Flaherty, 1934, Irlanda);

Moi, un Noir (Jean Rouch, 70’, 1957, Níger/Côte d’Ivoire/France); Les Meîtres Fous (Jean Rouch, 36’, 1957, Níger/Itália);

Jaguar (Jean Rouch, 1967, Níger/França);

Crônica de um Verão (Jean Rouch e Edgar Morin, 1961, França);

Familiar Places (David MacDougall. Produção: Australian Institute of Aboriginal Studies 1977/80);

To Get at Country. (David MacDougall. Produção: Australian Institute of Aboriginal Studies. 1977/78);

Good-bye Old Man. (David MacDougall. Produção: Australian Institute of Aboriginal Studies. 1975/77);

A Arca dos Zo’é (Vincent Carelli. Produção: Vídeo nas Aldeias. 1993, Brasil); Iauaretê, Cachoeira das Onças (Vincent Carelli. Produção: Vídeo nas Aldeias. 2006, Brasil);

Terra Deu, Terra Come (Rodrigo Siqueira. 2010, Brasil); O Ex-Pajé (Luiz Bolognesi. 2018, Brasil).

 

O documentário decolonial latino-americano e africano:

Aruanda (Linduarte Noronha. 1959, Brasil);

Arraial do Cabo (Paulo César Saraceni e Mário Carneiro. 1960, Brasil); Tire Dié (Fernando Birri. 1960, Argentina);

La Hora de Los Hornos (Fernando Solanas e Octavio Getino. 1968, Argentina); O País de São Saruê (Vladimir Carvalho. 1971, Brasil);

25 (José Celso Martinez Corrêa e Celso Luccas. 1975, Moçambique); Maputo, Meridiano Novo (Santiago Álvarez. 1976, Cuba/Moçambique); Agarrando Pueblo (Luis Ospina. 1978, Colômbia);

Morte negada (Flora Gomes. 1988, Guiné-Bissau/França).