Docentes: Aivone de Carvalho Brandão; Marília Librandi-Rocha; Sérgio Bairon
Início: 15 de outubro de 2020
Dia da semana: quintas-feiras
Horário: 18h00 às 21h30
À distância: plataformas Google Meet, Zoom e Hangouts
Nº de Créditos: 08
PROGRAMA
Ementa
Nesse curso, a intenção é estudarmos e aprendermos com o pensamento e a cosmologia indígenas, que abrem outras dimensões do saber em redes e do viver comum, que reúne diversas formas de vida. O curso objetiva promover o encontro entre questões teóricas acadêmicas com as compreensões de mundo ameríndias, em parceria com lideranças, produtores audiovisuais e artivistas indígenas, que dialogam com os mais diversos campos: literatura, artes visuais, cinema e música. A luta pela terra, pelos direitos e pela saúde indígenas, em tempos de pandemia, será abordada em vários contextos: Guarani Kaiowá, Bororos, Yanomamis, Iny (Karajás), Xavantes, Kalapalos, Suruis, Baniwas, Macuxis, Wapichanas, dentre outros. O curso está estruturado em aulas expositivas por parte dos docentes e em aulas com a participação de convidado(a)s indígenas.
Justificativa
Na época em que os portugueses chegaram por aqui, havia cerca de 5 milhões de pessoas divididas em mais de mil povos indígenas (Instituto Sócio Ambiental – O IBGE e FUNAI falam em 3 milhões). Hoje, no Brasil, existem e resistem mais de 234 povos, que falam em torno de 180 línguas diferentes, espalhados por todos os estados brasileiros. Hoje a extensão das terras indígenas apresenta duas situações bem diferentes: nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, os povos indígenas estão confinados em micro territórios; nas regiões Centro-Oeste e Norte estão as terras mais extensas, via de regra demarcadas depois da Constituição de 1988.
Diante desse quadro de desconhecimento, desrespeito e genocídio continuado das populações indígenas no Brasil, o curso se justifica pela importância, relevância e predominância da vida e dos pensamentos ameríndios ainda tão pouco conhecidos, mas cuja presença tem crescido enormemente com a visibilidade e a voz indígenas nas redes sociais, nas universidades e nas artes.
Portanto, o curso objetiva junto de lideranças indígenas, refletir sobre o histórico epidêmico do extermínio das populações ameríndias, bem como o epistemocídio, que não considera o pensamento Ameríndio como filosofia, e a importância das mais diversas culturas indígenas para a formação e continuidade da sociedade, educação e cultura no Brasil.
Cronograma
Aula 01. Introdução: a produção partilhada do conhecimento: o lugar da Universidade
Aula 02. O conceito de vida no pensamento ameríndio: o Ser coletivo
Aula 03. O território e os rituais (A carta Guarani Kaiowá e o direito à terra)
Aula 04. O território e os rituais
Aula 05. Diálogos com o Artivismo ameríndio I
Aula 06. Diálogos com o Artivismo Ameríndio II
Aula 07. A Queda do Céu
Aula 08. A Queda do Céu
Aula 09. Ideias para adiar o fim do mundo
Aula 10. Ideias para adiar o fim do mundo
Aula 11. Os Boé e o Projeto Bakaru
Aula 12. Encerramento
Forma de Avaliação
Sistematização da bibliográfica e interlocução com as lideranças indígenas. Entrega do trabalho final, abordando a escolha de uma temática apresentada e a pesquisa desenvolvida no contexto (pós-graduação) do Diversitas.
WEBsites de cursos para consulta
Curso Indigenous Brazil (Universidade de Princeton/ em português)
https://commons.princeton.edu/indigenous-brazil/
Curso Brasil Indigena (Smith College)
https://sophia.smith.edu/por228-sp20/
Outros Links
EDUARDO NEVES
https://www.youtube.com/watch?v=CSayFGiHEnI
INDIOS NO BRASIL, 1 (SERIE)
https://www.youtube.com/watch?v=iZuFu004o1k
FILME RAONI, 1976 DOC.
https://www.youtube.com/watch?v=2CONZsbURUs
ISA – POVOS INDIGENAS
https://pib.socioambiental.org/pt/P%C3%A1gina_principal
ISA (INSTITUTO SOCIO-AMBIENTAL)
https://www.socioambiental.org/pt-br
ACERVO ISA
https://acervo.socioambiental.org/
BIibliografia
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