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Cidadania, Direitos e Educação

Um dos dilemas da tolerância é a necessidade de se descobrir o outro como alter num sentido de pertencimento, em primeiro lugar ao gênero humano, depois há um território e uma cultura e, finalmente, a uma historicidade e um contexto social. Esse sentido supõe não apenas o vivenciar de experiências compartilhadas, como também sistematizar a contribuição do conhecimento produzido ao longo de toda a trajetória das civilizações. A educação é um campo que viabiliza essa sistematização e se constituiu como um direito a ser garantido a todos.

A educação é um campo vasto, formal e não formal que realiza a aproximação de diferentes tempos históricos e de diferentes culturas, fazendo com que se descubram, nessa experiência, os universais que aproximam os humanos e as razões dos conflitos, guerras e preconceitos que os separam. O conhecimento é um dos instrumentos capazes de reverter essas separações, se ele se fizer tendo como objetivo o humanismo e a relação de alteridade com o outro. Neste tema estaremos oferecendo diferentes experiências educacionais cujos objetivos são os de cultivar os valores humanos e as solidariedades em momentos decisivos da história do ocidente e do oriente.

A infância é a fase mais significativa do processo de formação quando os valores, ainda em construção podem ser mais fraternos. Entretanto, a sociedade tolera o intolerável, ou seja, negada a infância pela violência, pela exploração do trabalho infantil, pelo abandono. O estudo dessas situações de risco e o conhecimento de diferentes experiências de acolhimento e solidariedade permitirão a defesa da infância como o momento privilegiado do fazer-se em defesa da paz e da liberdade.

Esses dois campos - educação e infância - são centrais no desenvolvimento da cidadania e nos estudos que recuperem pela ação dos movimentos sociais o sentido da política, da defesa e das expectativas de direitos que movem as ações humanas rumo a uma sociedade fraterna, solidária e inclusiva.