Noi oriundi: cultura, identidade e representações da imigração italiana em Santa Catarina

Autor
José Roberto Severino
Ano
2004
Resumo / Abstract

As pesquisas que permitiram esta tese foram concentradas no mapeamento dos investimentos de instauração de identidade italiana, na identificação de marcadores identitários em narrativas acerca de imigração e por fim nas ações efetivas nos locais considerados núcleos de descendentes por parte dos investidores europeus em Brusque, Nova Trento, Rodeio e Rio dos Cedros, todos em Santa Catarina, numa região de colonização italiana. O conjunto dos capítulos é entrecortado pela constante luta pela afirmação das identidades, pelos impasses na reivindicação cultural da italianidade por grupos ligados à igreja católica, de sua negação e afirmação pelo Estado (brasileiro e italiano, trentino) e nas relações com os grupos circunvizinhos (brasileiros, alemães, colonos, etc). Como primeiro capítulo analiso o encontro do Trentino e a instituição da italianidade em sua configuração diaspórica. Percorro o período das comemorações do Centenário da imigração italiana e trentina para Santa Catarina para entender o que promoveu a produção de novos sentidos, o estabelecimento de contatos, a organização de entidades, a religação de trajetórias familiares interrompidas pela imigração, enfim, o estabelecimento de uma nova pauta nas vidas de pessoas que passaram a valorizar elementos que regionalmente não tinham sentido além da manutenção dos estreitos laços familiares. Uma das possibilidades de explicação vai pela via da ação italiana. A presença da Itália é limitada no Brasil (no   sentido de uma presença eficaz), além do que o governo italiano mal reconhece a emigração até os anos 1970. A igreja apontava uma Itália vaga, no sentido de Roma como sede do cristianismo além do que atuavam na região )diversas ordens religiosas não italianas (alemãs, lusas) que aparecem de forma significativa na vida das pessoas nas colônias, mas que de maneira geral se mantêm fiéis ao pertencimento nacional brasileiro. Como segundo capítulo analiso o hibridismo cultural e a italianidade difusa na região a partir do registro fotográfico dos desfiles na parada do Centenário. Nelas analiso não tanto os aspectos técnicos da fotografia, mas antes as alegorias que se produziram e reproduziram nos desfiles e na historiografia. A mitificação da memória nas alegorias é a entrada para a usinagem de cada compartimento deste texto, escolhidas entre tantas outras a partir do critério de recorrência na bibliografia, para tentar entendê-las, sabendo que foram marcantes na vida daqueles imigrantes e dos grupos sociais em suas interações. Como arenas sociais mais explícitas escolhi as alegorias da escola e da capela; enquanto que no âmbito das relações interétnicas, dos constrangimentos e práticas disciplinares, a alegoria do casamento; e para discutir mais detidamente identidade e diferença, selecionei a alegoria da cachaça e do vinho. O último capítulo está pautado no movimento de reinvenção da italianidade e nas ações dirigidas aos descendentes de imigrantes na   região. Analiso os investimentos que produzem a amálgama identitária, como nas ações dos circoli de cultura italiana. Promotores de noções de "resgate cultural", disponibilizaram a apropriação de um determinado capital simbólico, que alimenta sonhos numa espécie de romance da imigração, construindo narrativas que indicam o caminho de volta através da dupla cidadania italiana. Além dos círculos e associações há ainda a questão religiosa sempre presente nos discursos que demonstram uma população católica e ações sobre o local reforçados com o processo de canonização de Madre Paulina.

 


 

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História

Embates de um intelectual modernista: papel do intelectual na correspondência de Mário de Andrade.

Autor
Sidney Oliveira Pires Júnior
Ano
2004
Resumo / Abstract

Esta tese teve sua origem no desejo de refletir sobre as relações entre o intelectual e a sociedade. Meu estudo voltou-se para aquela época entre-guerras cujos eventos foram definidores do que se convencionou chamar de Brasil moderno, que foi pensado, debatido e parcialmente implementado naquele período. Enfoquei o movimento modernista na versão de uma das suas grandes figuras, o polígrafo Mário de Andrade, tendo por fonte principal sua correspondência ativa publicada após a sua morte. A documentação em questão compreende os volumes relacionados ao final deste texto como fontes impressas, perfazendo cerca de 1600 cartas do escritor. Diante desse grande conjunto documental optei por alguns recortes temáticos, que podem ser sintetizados sob a noção do fazer do intelectual na vida social brasileira e, deste modo, selecionei as cartas para análise. Ao analisá-las, procurei compor uma leitura sobre a trajetória desse que foi, sem dúvida, um dos mais influentes intelectuais daquele período crucial da história do país, buscando refletir como a correspondência logrou constituir uma unidade pela discussão da situação do intelectual cuja ação e obra portavam um sentido político. Daí o interesse por este célebre conjunto de cartas. Interessou-me, sobretudo, a forma da reflexão sobre a relação entre cultura e sociedade desenvolvida por Mário e que se sintetiza na noção de papel do intelectual. Desse modo, este trabalho pertence à linha de pesquisa de História das   Representações Políticas porque trata-se de discutir a elaboração de uma visão sobre o Brasil reconhecidamente influente,... ) ...tanto entre os círculos do poder quanto entre os grupos opositores à ordem estabelecida. Além disso, na minha perspectiva, a correspondência caracteriza-se numa forma peculiar de "fazer história" em dois sentidos: em primeiro lugar, no caso do próprio Mário de Andrade, foi uma alternativa para o debate de idéias, o exercício da crítica e, sobretudo, para o desabafo de um percurso intelectual cheio de vicissitudes. Em segundo, rever aquele momento de efervescência intelectual, procurando revisitar a conjuntura daquele momento e oferecer uma modesta contribuição para elucidar algumas questões, particularmente uma interpretação da correspondência; como fatura, realizei também, numa perspectiva comparativa, algumas observações sobre a forma de reflexão atual comparada à daqueles intelectuais. O paradigma, portanto, está na necessidade, no tempo presente, de pensar o país de modo abrangente como uma iniciativa de superar os inúmeros dilemas herdados da nossa tradição histórico-social.

 


 

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História

Registro e História na obra de Sérgio Buarque de Holanda. Análise de Raízes do Brasil.

Autor
Francisco Paulo Bucieri Júnior
Ano
2005
Resumo / Abstract

O trabalho analisa o livro modernista de Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil. Coteja-se-o com os artigos de juventude, em pesquisa genética. Depois, procura-se explicitar o que o ensaio já continha do plano da obra do historiador maduro, interessado na trama diária, seja no campo material ou no das idéias, seja em Caminhos & Fronteiras ou em Visão do Paraíso. O objetivo foi o de, pelo menos, recuperar certas categorias de explicação para o objeto a que Sérgio viria a dar historiografia rigorosa: a vaidade, a vergonha, o desterro - enquanto historiador do Brasil.Em suma, a dissertação versa sobre o contexto cultural, político e econômico dos anos 20 e 30; segue uma linha cronológica na primeira parte, "A crônica de sucessos", retratando os anos de 1920 a 1937. A segunda parte, "Brasil", "História de", aproxima textos de outros autores que estudaram a especificidade do sistema brasileiro em relação aos padrões do progresso material, que era um tema modernista e se estendeu à política e à economia, ganhando a opinião pública, as massas, ao tempo do Imperialismo norte-americano. Comentando a afirmação "somos ainda hoje uns desterrados em nossa época", a pergunta mais geral é: brasileiros, até quando sereis escravos da vossa própria história

 


 

Comissões de Fábrica: oposição sindical metalúrgica de São Paulo (1978-1984)

Autor
Cristiano dos Reis Souza
Ano
2005
Resumo / Abstract

A presente pesquisa analisa as comissões de fábrica da MWM Motores Diesel; da Ford do Brasil - unidade Ipiranga; e da Rádio Frigor (ou Coldex Frigor) no período de 1978 a 1984. Elas surgiram durante as greves metalúrgicas de 1978, na capital paulista, em um momento de ampla movimentação política pela reconquista das liberdades civis, contra o regime de exceção instaurado no país em 1964.A organização dos trabalhadores nos locais de trabalho foi tema de debate tanto para os militantes operários de esquerda quanto para empresários e profissionais de recursos humanos, aparecendo na grande imprensa, bem como na de âmbito sindical. Foi também escopo de disputa política entre grupos de concepções ideológicas diferentes e, em certos aspectos, conflitantes. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o maior sindicato da América Latina, contava com aproximadamente 400.000 (quatrocentos mil) metalúrgicos em sua base territorial, era caracterizado por práticas de assistencialismo e de delação de operários combativos às empresas e aos órgãos repressivos da ditadura militar. As comissões de fábrica foram eleitas pela Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo (OSM-SP) como a maneira de se opor ao imobilismo da diretoria do Sindicato e à estrutura sindical brasileira.

 


 

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História

Clio e Psiqué: contribuições da metapsicologia de orientação lacaniana à historiografia da cultura

Autor
Clóvis Pereira dos Santos
Ano
2009
Resumo / Abstract

O obscurantismo da letra lacaniana, as crises institucionais e o hermetismo da metapsicologia podem ser superados em favor das contribuições teóricas que o lacanismo poderia fornecer à historiografia da cultura. Este trabalho defende que esta assertiva já estava inscrita às proposições multidisciplinares tanto da escola dos Annales quanto dos textos ditos sociais de Freud. Assim, em uma estratégia progressiva que contemplaria tanto leitores novos às temáticas metapsicológicas quanto, espera-se, outros já mais experientes, os dois primeiros capítulos são introdutórios ao jargão lacaniano, o terceiro e quarto, reflexões sobre o estado da arte, conquanto os dois últimos constituem casos da metapsicologia aplicada à crítica ao discurso do capitalista, uma das principais contribuições da psicanálise de orientação lacaniana aos saberes ditos sociais.

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História Social

Memórias dos cárceres da ditadura: testemunhos dos presos políticos no Brasil

Autor
Janaína de Almeida Teles
Resumo / Abstract

O processo de reconstituição factual e de reflexão crítica acerca da ditadura civil-militar de 1964 e de seu legado permanece incompleto e permeado por zonas de silêncio e interdições. Decorridos pouco mais de trinta anos da Lei de Anistia, muitos acontecimentos permanecem descnhecidos ao tempo em que se observa a existência de importantes lacunas na articulação entre o legado da ditadura e a memória daqueles que a ela se opuseram ativamente. Visando contribuir para o entendimento desse passado, e de seu legado, esta pesquisa procurou caracterizar o protagonismo dos presos políticos na defesa de tranformações sociais e na luta contra a ditadura e, ao mesmo tempo, oferecer um panorama reflexivo sobre a construção de suas memórias a respeito dessas lutas e da experiência-limite da tortura e da prisão. Para alcançar esse objetivos, a pesquisa pautou-se por um amplo registro ds memórias desses protagonistas por meio da metodologia da História Oral de Vida  um conjunto de 90 entrevistas com ex-presos políticos. O que permitiu a coleta de informações até aqui inéditas no que diz respeito à organização dos presos e à atuação dos órgãos repressivos. A execução e desenvolvimento dessa metodologia deram origem a reflexões teóricas que visaram interpretar o material coletado, contextualizando-o crítica e historicamente. Partiu-se, ainda, da premissa de que tais testemunhos, juntamente com os de advogados, familiares e militantes permitiriam aprofundar as pesquisas desenvolvidas sobre as lutas revolucionárias e de resistência; a clandestinidade; as formas institucionais da repressão política e as disputas políticas estabelecidas dentro e fora dos cárceres. Os depoimentos dos ex-presos permitiram, ainda, a análise de suas estratégias de sobrevivência e memória. Tais estratégias foram aqui discutidas à luz dos esforços empreendidos para a compreensão da maneira como eles próprios reorganizaram identidades, constituíram grupos de ação política e definirarm maneiras de se relacionar com o legado das experiências-limite. Reconstruir as tramas dessa história, com o suporte do material coletado, apresenta novas possibilidades de interpretação desse período recente da história brasileira cuja atualidade permanece.

 


 

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História

Experiência de luta na emancipação feminina: mulheres na ALN

Autor
Maria Cláudia Badan Ribeiro
Ano
2011
Resumo / Abstract

A pesquisa teve como objetivo recuperar as redes de solidariedade formadas por mulheres que mantiveram ou não vínculos orgânicos com a ALN (Ação Libertadora Nacional) e que prestaram os mais diversos tipos de colaboração a essa organização, participando não apenas dos levantamentos para ações armadas ou diretamente de sua execução, mas desempenhando também um papel primordial na retaguarda do movimento armado. A colaboração dessas mulheres foi parte também das transformações que se processaram na sociedade da época com relação à participação da mulher no espaço público. Na militância política, elas também introduziram mudanças na divisão de papéis entre os sexos, e ressignificaram sua participação no interior dos grupos nos quais se incorporaram. Sua atividade foi fundamental para garantir a vida de pessoas bem como permitir a continuação das atividades da organização no Brasil, em especial nos momento mais repressivos da ditadura. Muito além de pequenos gestos, como se supõe, essas mulheres formaram uma força discreta, que deu aos militantes clandestinos a estabilidade necessária para continuarem a na luta.

 


 

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História

O governo de Accacio no exílio de Heitor: As correspondências de Washington Luís e seus correligionários acerca do governo Vargas e dos Direitos Políticos e Civis (1930-1947)

Autor
Wesley Espinosa Santana
Ano
2009
Resumo / Abstract

O governo de Getúlio Vargas trouxe características peculiares à função do Estado, o que garantiu, no Tempo Presente, uma influência muito grande deste período chamado de Era Vargas (1930-1945) sobre o Estado brasileiro atual. Nosso interesse é estudar como foi estruturado este Estado varguista sob o olhar da oposição paulista e do distanciamento do ex-presidente Washington Luis. Este trabalho tem como objetivos: interpretar as relações políticas no processo histórico através da perspectiva do ex-presidente Washington Luis; analisar as relações do Estado varguista com a oposição perrepista e as garantias dos direitos humanos, sobretudo, dos civis e políticos; compreender se este ex-presidente, um paulista de Macaé, participou da organização dos movimentos oposicionistas durante o seu exílio e discutir a memória coletiva produzida sobre Washington Luis a partir do registro e das ações políticas de seus correligionários. Os embates políticos, as manobras e a habilidade de Getúlio Vargas foram responsáveis pela maior parte do conteúdo exposto na leitura das cartas selecionadas que foram usadas neste trabalho. A análise das cartas entre Washington Luis e seus correligionários foi comparada com a leitura da historiografia do período e sobre o período e de alguns jornais escritos da imprensa de São Paulo e Rio de Janeiro, sobretudo, OESP e a Folha da Manhã. A introdução explica como foi pensado e organizado o trabalho e teoriza o trabalho do historiador com o uso das correspondências como fontes históricas. O capítulo inicial trabalha o conceito de Estado e de Direitos Humanos, faz uma breve trajetória sobre estes direitos no Brasil, apresenta uma biografia de alguns personagens desta trama e descreve os últimos meses de Washington Luis no poder e as articulações para o golpe de 1930 da Aliança Liberal. O capítulo II trabalha a situação de exilado, tendo como tema o exílio e a situação do ex-presidente Washington Luis como um exilado involuntário, a ciranda de interventores e os acontecimentos do movimento paulista de 1932. No capítulo III, analisamos a formação da Assembléia Constituinte, as relações políticas da Câmara dos Deputados com o correligionário Roberto Moreira e os conflitos entre a Aliança Nacional Libertadora e os integralistas. Com a intensificação da coerção política a partir do malogrado golpe dos comunistas com Luis Carlos Prestes, o país entrava num período mais complicado ainda para os direitos humanos, sobretudo, para os direitos civis e políticos. Em 1937, com a promulgação da nova Constituição, estava instaurado o Estado Novo e a censura prévia institucionalizada como política de Estado. Aliás, era o fim das oposições e a iminência da guerra mundial dava aspectos de que o Brasil precisaria se posicionar. O ex-presidente Washington Luis aguardava os acontecimentos da conclusão da guerra mundial em 1945 para retornar ao Brasil, porém isso só ocorreria em 1947. No capítulo IV, vemos a escassez de cartas que mostrava a falta de resistência da oposição e a sua indefinição como influência política na sociedade. A memória ausente de Washington Luis foi trabalhada de forma a garantir a análise da construção de sua história como exilado e seu legado político. Ele esteve dezessete anos fora do país, vivendo muito bem, mas expatriado e impedido de usar os seus direitos de cidadão. Ao analisarmos a documentação diante do procedimento proposto pôde-se observar que o papel desempenhado por Washington Luis na oposição foi de mero receptor das notícias, fazendo projeções e conjecturas sobre os assuntos tratados nas correspondências. Esta documentação atendeu a uma necessidade de conhecer características sobre um outro olhar das relações políticas nos bastidores da capital federal e da oposição em São Paulo, sobretudo, do desrespeito aos Direitos Humanos e do engodo dilacerado pelo populismo.

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História

Blásfemos e sonhadores: ideologia, utopia e sociabilidades nas campanhas anarquistas em A Lanterna (1909-1916)

Autor
Carlos Eduardo Frankiw de Andrade
Ano
2009
Resumo / Abstract

A presente pesquisa tem por objeto a agitação política e social desenvolvida pela militância anarquista paulistana em torno de duas campanhas em que a mesma tomou parte entre os anos de 1909 e 1916: a campanha contra o Orfelinato de Artes e Ofícios Christóvam Colombo e a campanha em favor da construção das Escolas Modernas em São Paulo. Tendo por fonte documental os registros tecidos pela participação da militância anarquista envolvida na produção coletiva do periódico A Lanterna ao longo destes anos, este estudo teve como objetivo constituir uma leitura acerca dos cernes de sociabilidade desenvolvidos e instigados em meio a suas manifestações diretamente relacionadas à questão educacional no Brasil destes anos. Nos artigos e reportagens coletivamente construídos e disseminados por A Lanterna sobre as duas campanhas, foram encontrados e delineados indícios diversos que apontam para uma multifacetada e singular constelação de aspectos políticos, sociais e culturais de resistência, crítica e transformação da realidade em que viviam. A partir dos registros de uma coletiva construção e difusão de saberes e práticas por meio do incentivo à adoção de sociabilidades especificamente adaptadas às circunstâncias de suas agitações, forjaram-se instrumentos tanto para a denúncia dos aspectos ideológicos do discurso dominante vigente quanto para a experimentação de seus ideários utópicos em meio ao mundo em que viviam. No uso desses instrumentos, esta pesquisa pôde perceber uma clara preocupação com a coerência entre meios e finalidades nos saberes e práticas desenvolvidas por estes militantes.

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História

Os Saques de Santo Amaro entre falas e silêncios (São Paulo, 1983)

Autor
Cassiana Buso Ferreira
Ano
2009
Resumo / Abstract

Este trabalho refere-se aos saques e quebra-quebras deflagrados na capital paulista nos dias 4, 5 e 6 de abril de 1983. A partir do exame de reportagens, notícias, artigos, editoriais, cartas de leitores, propagandas e comunicados pagos veiculados nos jornais O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo, entre 5 e 10 de abril, procurou-se identificar e analisar as representações desses acontecimentos nas diferentes esferas do poder e da sociedade. Para tanto, considerou-se os protestos populares no contexto social, político e econômico em que estavam inseridos movimentos sociais organizados nas periferias de São Paulo ao longo da década de 1970, o processo de abertura política e a crise recessiva. Buscouse ainda compreender o significado das ações diretas como formas de luta reivindicatória e a potencialidade reveladora e transformadora das rebeldias sociais.

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História