Pós-Doutorado - Pesquisas Concluídas

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2024, 2023, 2022, 2021, 2020, 2018, 2016, 2015, 2014

2024

Pesquisador(a) Pesquisa Supervisor(a) Resumo
Edson Luiz de Oliveira Brasil em tela: autorepresentação da realidade brasileira Giselle Gubernikoff A pesquisa propôs uma reflexão aprofundada sobre a evolução da linguagem do documentário brasileiro e sua interdependência com as tecnologias de registro e distribuição. Nesse contexto, nota-se a convergência entre o documentário jornalístico e o filme etnográfico. Por outro lado, na abordagem do filme documental do tipo autoetnográfico as narrativas desenrolam-se em primeira pessoa como uma forma de autorrepresentação, onde o sujeito do discurso desnuda-se subjetivamente, ao enfocar a própria história de vida e algumas vezes sugerir alternativas para a ação. O projeto previa, também, uma parte prática a ser desenvolvida no âmbito do Diversitas - Núcleo de Estudos das Diversidades, das Intolerâncias e dos Conflitos e, tendo como temática as problemáticas vividas pela população brasileira hoje, com destaque para as questões de gênero, povos indígenas e imigrantes - constituindo um retrato do Brasil como um território de ausência de direitos.
Kleber Aparecido da Silva Planejamento, gestão e cartografia em políticas de cotas raciais nos cursos de pós-graduação da Universidade de São Paulo: entre o dito, o pretendido e o (re)feito Paulo Daniel Elias Farah O eixo central deste projeto surgiu da necessidade de dirigir o nosso olhar acadêmico-científico ao cenário que compõe o contexto universitário visando analisar as políticas de ações afirmativas na pós-graduação stricto sensu no que tange ao acesso, permanência e conclusão/êxodo dos discentes universitários do Brasil, de uma maneira geral, e da Universidade de São Paulo (doravante USP), de uma maneira específica. O recorte do presente estudo, de natureza documental e de colaboração crítica, foi realizado com alunos/as cotistas egressos da USP, dentre os quais são egressos dos cursos de pós-graduação em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades (que adota nos processos seletivos 50% e 80% de cotas para candidata/o/es autodeclarada/o/es negra/o/es, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, pessoas trans e pessoas em situação de refúgio, apátridas e portadoras de visto humanitário; entre outras ações afirmativas); Estudos Linguísticos e Literários em Inglês; Direito e Medicina. A grande maioria destes alunos é pertencente à classe sócio-econômica baixa, advindos das comunidades marginalizadas do Brasil. Para a configuração desta pesquisa, optamos, como referencial teórico, pela vertente sóciohistórica, sociodiscursiva e decolonial, na qual procuraremos elementos suleadores para circunscrever a temática deste estudo. Os dados foram coletados, gestados e analisados no segundo semestre de 2023 com e em diálogo com o meu supervisor, com os seus dois grupos de pesquisa registrados no CNPq e com o “Grupo de Estudos Críticos e Avançados em Linguagens” (GECAL), sob a minha coordenação na Universidade de Brasília (UnB) e no CNPq. Foram utilizados como recursos metodológicos os seguintes instrumentos: questionários e entrevistas semiestruturadas; autobiografias e/ou narrativas de aprendizagem; gravação de rodas de conversas e notas de campo dos/as pesquisadores/as. É, portanto, desse contexto e dessas práticas universitárias, que nos propusemos a tecer algumas reflexões sobre a chamada políticas de ações afirmativas na pós-graduação stricto sensu no que tange ao acesso, permanência e conclusão/êxodo dos discentes que estão sendo implementadas no Brasil, e em especial, na USP que já tomou as políticas de cotas raciais nos cursos de pós-graduação (Lei 12.711, sancionada em 29 de agosto de 2012).

 

2023

Pesquisador(a) Pesquisa Supervisor(a) Resumo
Diego da Costa Vitorino Entre Festejos e Conhecimentos – os ensinamentos dos mestres populares nas perspectivas afrobrasileira e rural paulistas Mauricio Cardoso A pesquisa proposta nesse estágio pós-doutoral traz para a discussão uma faceta da educação que é a sua perspectiva não-formal, ou seja, uma faceta da educação “onde parece que ela nem existe” (BRANDÃO, 1984; pág. 9). Por isso é que algumas e alguns professores poderão questionar onde é que se vê a educação na prática de jongueiras(os) e calangueiros(as)? É justamente sobre esse problema que pretendo escrever. Carlos Brandão (1984) ao analisar as Folias de Reis nos estados de SP, MG e GO nos ajuda a compreender como a repetição de práticas tradicionais passa a ser aprendida e ensinada pelos atores em uma comunidade. Foi a partir dessa referência e interpretação sobre o fenômeno educacional que comecei a pensar a perspectiva sócio antropológica da educação contida nas experiências coletivas das populações negras e campesinas.

 

2022

Pesquisador(a) Pesquisa Supervisor(a) Resumo
Ana Helena Ithamar Passos Raça, gênero e afetividade na relação entre jovens: repensar as relações de violência com base na epistemologia decolonial Zilda Iokoi O prometo de pesquisa "Raça, gênero e afetividade nas relações entre jovens" desenvolveu uma pesquisa que contribuiu para a construção de uma educação antirracista com base nos estudos críticos da branquitude, interseccionados com os estudos de gênero. Pretende ampliar a discussão teórica em direção aos estudos de gênero e trazer os conceitos de violência e abeto, bem como analisar a reverberação desse contraditório binómio na constituição das relações de gênero e raça entre os jovens. Tal estudo repensou a naturalização das opressões raciais e de gênero entre adolescentes e como as culturas ancestrais e de rua podem (re)significar as relações de abeto, de gênero e de raça a partir do encontro com a ancestralidade africana e abro-brasileira. A intenção é percorrer de forma interseccional a produção de conhecimento na área dos Estudos Culturais e da crítica pós-colonial, que tem como referência as obras de Stuart Hall, Fraru Fanon, Aquile Mbembe e Paul Gilroy; entre os estudos críticos da branquitude, há que se percorrer Ruth Frankeberg, Liv Sovik, Lia Vainer, entre outra/os e em relação ao feminismo negro e interseccional, Ângela Daves, Patrícia Hall Collins, Bell Hooks, entre outras. Esta/es autora/es foram fundamentais para o delineamento do escopo teórico necessário para a desconstrução da mentalidade colonizadora ocidental, muito presentes na formação dos educadores e da cultura escolar. O campo da pesquisa foi realizado na EMEF Satumino Pereira, onde se construiu uma pesquisa-ação junto aos professores que são responsáveis pela construção do Trabalho Colaborativo de Autoria - TCA, que consiste em uma atividade que finaliza o ciclo autoral do ensino fundamental, cujas temáticas escolhidas envolvem a questão da violência e do abeto, que permeia as -relações raciais e entre gêneros. Pretendeu-se não apenas propiciar reflexões entre os sujeitos envolvidos visando uma transformação das relações entre os gêneros, interseccionadas com as questões étnicas e raciais, mas também alimentar o debate epistêmico que se possa depreender da análise das realidades vivenciadas pela juventude periférica.
Maria Marta Baião Seba Uma poética para o feminino: o artivismo, o performático e outras modalidades de revolta Silvana de Souza Nascimento Trata-se de uma investigação bibliográfica e de campo em busca de razões poéticas estéticas, presentes em intervenções, imagens, manifestações e atitudes identificadas com o Artivismo Feminista, numa perspectiva Nosódica, que é um dos princípios apontados na minha tese de doutorado sobre os 30 anos doprocesso criativo (cênico/performativo/visual) das Mal-Amadas Poética do Desmonte grupo de Teatro Feminista onde atuo como encenadora/atriz.
O processo de investigação teve um redirecionamento com prorrogação de tempo, em função do período pandêmico que atravessamos justamente no primeiro ano dos trabalhos, em grande parte previsto para acontecer em campo. Para Compor enunciados para o Artivismo Feminista e apontar categorias que compactuam com esta modalidade poética, contemporaneamente in process, foram convidadas 10 artistas, a maioria de São Paulo para partilhar pensamentos e estéticas possivelmente de cunho artivista. O viés Nosódico, é um procedimento apalavrado a partir da Poética do Desmonte, processo de criação cujo princípio desfecha outras tantas categorias que conversam com a modalidade estética artivista, são poéticas inquietas, clandestinas, liminares, não ilusionistas, cuja matéria principal é o compromisso com uma ideia/causa, de modo contínuo e constante que pode ser fiscalizada nas artes cênicas, visuais e musicais, como fotografias, desenhos, ilustrações, cartazes, podcasts, ensaios, dramaturgia, performances, intervenções e interpelações, antipoemas(contrapoemas), instalações, dentre outros/as estéticas ainda não nomeados. O princípio Nosódico é o uso do agente patológico (veneno) para banir a doença, ou seja, o veneno para banir o mal, no caso, contra a misoginia patriarcal, as ideias são tiradas do próprio machismo, raspas dos estereótipos sem cobertura ou disfarce, e objetivam provocar choque, espanto, e simultaneamente a reflexão, logo o desmonte da aparência de naturalidade da opressão e domesticidade do patriarquismo. O produto da investigação desemboca na construção de uma v quase - cartografia artivista feminista, que pode ser percebida através do olhar Nosódico.
Monica Toledo e Silva Artes da migração: narrativas do corpo entre mares Paulo Daniela Elias Farah A efetivação desta pesquisa de pós-doutorado conta com a criação da rede Entremares, dedicada a artistas migrantes, à difusão e circulação de suas obras e de saberes de pesquisadores deste recorte teórico e investigativo, assim como a gerar curadorias nômades, espaços parceiros e exposições que dêem visibilidade a esta produção muito híbrida, diversa e crescente. Parte das atividades desta pesquisa está apresentado no site Rede de arte migrante que ativa encontros e saberes em pesquisas e práticas estéticas de um corpo afetado por fluxos migratórios - redeentremares.tumblr.com.
Paulo Eduardo Dias de Mello A imagem do outro: identidade e alteridade nos livros didáticos regionais do Paraná Mauricio Cardoso

O Projeto de Pesquisa pós-doutoral “A imagem do outro: identidade e alteridade nos livros didáticos regionais do Paraná”, teve como escopo o estudo da construção da identidade paranaense em livros destinados à escolarização básica no Paraná. Para seu desenvolvimento promovemos inicialmente o levantamento sistemático de livros didáticos produzidos ou que circularam no Paraná, e que tratassem de temas e conteúdos sobre o Paraná. A partir desse levantamento selecionamos um corpus documental de livros didáticos para catalogação e digitalização. De forma concomitante a esse processo de composição do corpus documental empreendemos estudos acerca da definição de livro didático, de livro didático regional, e sobre questões de identidade e alteridade. Nosso objetivo foi entender como uma determinada identidade paranaense foi sendo constituída na e pela escrita de textos escolares, veiculada em uma série de livros didáticos adotados nas escolas do estado, desde fins do século XIX até nossos dias.

 

2021

Pesquisador(a) Pesquisa Supervisor(a) Resumo
Celbi Vagner Melo Pegoraro Guerras Culturais. Um estudo de jornalismo, política e revolução digital Gilson Schwartz Esta pesquisa propõe analisar o jornalismo e a política do ponto de vista das chamadas “Guerras Culturais”, intenso confronto de ideias que encontrou inicialmente seu ambiente mais extremo no espaço virtual. Embora o senso comum afirme que vivemos na era da Pós-Verdade, a questão da manipulação das informações é antiga e ganhou potência recente devido as novas ferramentas de comunicação como as mídias sociais. As fontes produtoras de notícias não são mais somente as tradicionais empresas jornalísticas, mas as corporações de tecnologia, as produtoras independentes e militantes, influenciadores digitais e atores políticos, alguns com intenção de desinformar ou confundir leitores. O usuário, por sua vez, encontra os poderosos algoritmos que lhes apresentam as informações de acordo com o seu mundo preconcebido. As constantes crises de ordem econômica e as incertezas do mundo resultaram em conflitos entre grupos progressistas e conservadores. Os progressistas lutam por maior inclusão e presença das minorias nos espaços de poder. Os conservadores defendem valores tradicionais e morais, criticam o politicamente correto e preservam a narrativa histórica consagrada. Contra os extremistas que costumam polarizar as discussões, o jornalismo enfrenta descrédito, crise no modelo empresarial, precarização e problemas na formação de profissionais que atuam enfrentando a situação. Pretende-se analisar as questões referentes a apuração, ética e repercussão crítica no jornalismo. A partir de análises comparativas de coberturas jornalísticas, buscamos relacionar os impactos da política e da revolução digital para compreender as causas e efeitos das Guerras Culturais.
Laisa Fernandes Tossin Rotas atlânticas de colonização linguística: Portugal - África – Brasil Paulo Daniel Elias Farah O projeto propõe investigar as relações históricas entre africanos, portugueses e indígenas, de modo a delinear os ambientes histórico-sociais em que se deram tais relações. O intuito é saber, como forma de cerrar lacunas históricas, os papéis desempenhados e os trajetos percorridos por africanos nos processos de colonização da América para mapear as possíveis influências linguísticas deixadas por eles na constituição das línguas gerais. Ao vislumbrar-se a intensidade do contato linguístico entre falantes de diferentes línguas mutuamente ininteligíveis no período mais temprano da Colônia, século XVI, no mais tardar início do século XVII, pode-se abrir novos caminhos para a pesquisa linguística a respeito da contribuição das línguas africanas na constituição das línguas gerais no Brasil.
Magda Salete Vicini A arte mural como experiência estética e produção partilhada do conhecimento com os índios Kaingangs (Palmas, PR) em uma concepção pós-humana Sérgio Bairon O projeto propôs a criação de uma composição mural real ou virtual como experiência estética coletiva com os índios Kaingang da cidade de Palmas (PR), que pudesse refletir e utilizar a metodologia de produção partilhada do conhecimento e do movimento cultural e filosófico denominado pós-humanismo. Questionava-se quais seriam as possíveis imagens e trocas culturais que poderiam surgir a partir da experiência estética propiciada pela produção coletiva de um mural (real ou virtual) com os índios Kaingang da cidade de Palmas (PR), utilizando a metodologia da produção partilhada do conhecimento e do pós-humanismo crítico e cultural. Percebeu-se no decorrer da pesquisa, a complexidade da aproximação entre a pesquisadora, interlocutor e estudantes da Escola Segsó Tánh Sá, sob a interlocução do professor Kaingang Claudecir Kojonh Viri, na Terra Indígena Kaingang da cidade de Palmas (PR).
Maria Angélica Souza Ribeiro Ginecológicas: do nascimento à tragédia Sérgio Bairon É objetivo da pesquisa o debate sobre a ecologia desde uma perspectiva fundada sobre a observação e preservação de sistemas naturais tal qual se apresentam antes de qualquer intervenção humana. Para efeito, e segundo escolha metodológica, será escrita uma série de fábulas filosóficas; as chamadas, nesta ocasião, gínecológicas. Os estudos dedicados à ecologia parecem ainda não ter superado a cantilena dicotâmica que põe Homem e Natureza em lugares hierarquicamente diversos. Ocupam-se as teorias e a abordagem técnica com uma trama de relações que inclui a sugestão de reconexão entre indivíduo-entorno, bem como o aperfeiçoamento de ferramentas químicas e tecnológicas voltadas para a compensação das consequências da exploração de recursos naturais. Trabalho com duas hipóteses. A primeira delas considera que  nenhuma teoria sobre ecologia pode prescindir da experiência com o solo, com a terra que fornece o alimento e que, por sua vez, manterá vivo o indivíduo. A segunda crê que, sendo ainda ideal o voltar-se para o solo, devem ser elaboradas estratégias de produção do conhecimento outras que não aquelas entretidas com a alternância hermenêutica. A fabulação filosófica, ancorada sobre a experiência estética sofrida pelo pensamento, é um instrumento metodológico de autocompreensão, na historicidade dialógica, na exigência de convívio com a pergunta e com aquilo que nos escapa.
Renan Albuquerque Rodrigues O papel da comunicação no contexto do enfrentamento da pandemia pelos Sateré-Mawé/AM Ricardo Alexino Ferreira Pretendeu-se estudar a comunicação no contexto do enfrentamento da pandemia pelos Sateré-Mawé/AM. Conceitos referentes à democratização da comunicação e etnomidialogia, em especial no âmbito das ações a partir da comunicabilidade das sociedades das terras baixas da América do Sul, com suas cosmologias nativas, tenderão a ser descritos, considerando a possibilidade planejada de inferir acerca da ontologia desses povos originários e suas ações para a mitigação da disseminação do SARS-CoV-2. Foi utilizada a metodologia da etnografia mediada. A hipótese estimada é que a comunicação, como estratégia defensiva, envolva dinâmicas de pertencimento relacionadas a territorialidades e simbolismos em construções de afetividade e, partindo desse indicativo, as seguintes suposições poderão ser tratadas nas inferências interpretativas acerca do problema: i) domínios sobre a terra, ii) memórias de gente e de bicho compartilhadas, iii) modos de vida associados a clanicidades e iv) sociabilidade do cotidiano afetivo implicadas na pandemia.
Venceslau Alves de Souza Direito à cidade: luta de classes e ideologia – valor de uso da cidade e malandragem Zilda Iokoi A defesa da função social da propriedade pelo pensamento liberal progressista acredita poder fazer justiça social dentro dos marcos das pautas reformistas do capitalismo e livrar a sociedade dos efeitos colaterais que a ‘questão social’ não consegue arrefecer. Um desses efeitos colaterais é a chamada malandragem, que ronda grande parte das cidades da periferia capitalista e denuncia o fracasso de políticas públicas que se baseiam no valor de troca da cidade, como é o caso daquelas assentadas na função social da propriedade. O estudo pretende demonstrar que este tipo de abordagem não escapa à luta de classes e que somente uma mudança voltada ao valor de uso da cidade, em todos os seus aspectos, suscitaria a participação efetiva da comunidade e impediria o desenvolvimento de relações de malandragem. 

 

2020

Pesquisador(a) Pesquisa Supervisor(a) Resumo
Deyse Fernanda Feitosa Da TV que temos para a TV que queremos. Uma recomendação de conteúdos televisuais Sérgio Bairon Apesar de todos os campos de força contrários, é preciso pensar televisão aberta e falar de formas de apropriação desse território, que leva um sinal para quase todos os domicílios brasileiros e se utiliza de uma concessão pública. Nesta pesquisa, esse meio de comunicação é pensado como um bem comum, a partir de experiências comunitárias, educativas e acadêmicas, e como uma “entidade social”, que atravessa e impacta a vida cotidiana em diferentes âmbitos. Na era da comunicação digital, as emissoras de televisão aberta têm sofrido transformações estruturais significativas, ligadas a aspectos tecnológicos e produtivos. Porém, em relação às narrativas, as percepções trazidas por esta pesquisa indicam que há muito que se avançar nos quesitos diversidades, participação e ética, ainda que sejam perceptíveis progressos nesse sentido, frutos, sobretudo, de lutas travadas por movimentos sociais. Lutas essas cada vez mais propagadas, na atualidade, graças ao auxílio de ferramentas de comunicação digital e da internet, que permitem uma curadoria mais intensificada e a criação de espaços virtuais de resistência. O fato é que a produção e a exibição de certos conteúdos deixaram marcas na sociedade, e com elas um sentimento de desconfiança e até descrédito relacionado à televisão aberta e a seus critérios de editoria. Não à toa há uma tendência de migração para as plataformas streaming, que oferecem diversidade de conteúdos e liberdade de escolha. Porém, mais do que desligar e renegar algo
que é nosso por herança e de grande valor e alcance social, é preciso enfrentar tais incômodos e encontrar maneiras de levar a produção televisiva a atender interesses e objetivos que se tem enquanto comunidade e nação. Por isso, visando contribuir com reflexões a esse respeito, esta pesquisa propôs a construção do Museu da Memória e Oralidades sobre a TV, espaço dedicado à construção de reflexões relacionadas à televisão a partir da transmissão dos conhecimentos e da memória; do Observatório Brasileiro de Televisão Digital e Convergência Tecnológica (Obted), grupo de pesquisa para refletir sobre a televisão ambientada na era de produção digital em massa; e do artigo “Memórias, reflexões e proposições: construindo uma TV aberta democrática, ética e plural”. Para isso, fundamentou-se em conceitos como “Linguagem de Uso, Linguagem de Produção” e “Semiosfera Televisa” de Almir Almas (2009 e 2020, respectivamente); “História Oral” e “Memória” a partir de estudos de José Carlos Sebe Bom Meihy (2002); “Pedagogia do Olhar”, trabalhado por Paulo Freire (1977), Marilena Chauí (2006), Rubem Alves (2005) e Rosa Bueno Fischer (2006); e “Geodiversidades Televisivas”, de Aline Neves (2017).

 

2018

Pesquisador(a) Pesquisa Supervisor(a) Resumo
André Oliveira Costa Sigmund Freud e Norbert Elias: diálogos entre psicanálise e sociologia Paulo César Endo Esta pesquisa de pós-doutorado, desenvolvida ao longo de 36 meses, se propôs a investigar a influência da teoria psicanalítica de Sigmund Freud no pensamento de Norbert Elias, visto que, ainda que admitida pelo próprio Elias, a incidência do pensamento de Freud em sua obra acabou por não ter o seu valor devidamente reconhecido, mesmo por aqueles que dizem ser os seus herdeiros. Assim, pensamos que retomar os pontos de convergência do pensamento de Freud no de Elias seria uma forma de resgatar um encontro historicamente esquecido por pesquisadores de ambas as disciplinas, da sociologia eliasiana e da psicanálise. A proposta desta pesquisa de pós-doutorado foi desenvolvida através de uma série de atividades, publicações acadêmicas, apresentações de trabalhos em congressos e eventos nacionais e internacionais.
Edilamar Galvão da Silva Tensões e ambiguidades na arte contemporânea: Experiências de artes tecnológico-digitais na exploração/ampliação da diversidade cultural e na exposição de seus conflitos Sérgio Bairon Podemos considerar a arte, a cada época, uma manifestação da consciência individual/coletiva e que, em certa medida, assume tanto os meios quanto os temas de seu tempo. Verificar o modo como se dá essa articulação e o que ela revela é tarefa da filosofia e da crítica da arte. No século XIX o campo da arte foi expandido e desafiado pela revolução tecnológica e industrial e, no século XX, pela revolução digital. As vanguardas históricas não podem ser compreendidas fora do contexto industrial, assim também a arte contemporânea deve ser refletida no atual ambiente da revolução digital e das configurações político/econômicas vigentes. Por isso, esse projeto de pós-doutorado pretende analisar trabalhos artísticos contemporâneos que podem ser considerados exemplares na articulação de alguns vetores fundamentais na constituição da arte de agora: mobilidade, apropriação das tecnologias digitais, coletivismo, linguagens híbridas, tensões e autonomia na representação da diversidade cultural.
Selma Aparecida Chaves Nunes Direito à Saúde nas Práticas Compartilhadas Zilda Iokoi Esta pesquisa de pós-doutorado aborda sobre a reconstrução da produção de saúde no Distrito Sanitário Especial Indígena do Maranhão – Terra Indígena Araribóia – município de Arame, estado do Maranhão; principalmente as relações entre os indivíduos, nos permitindo ampliar o trabalho na saúde não apenas no tratamento, reabilitação e prevenção, mas na produção de possibilidades de vida; ou seja, a capacidade de criar novas formas de se agregar, de criar sentidos, de inventar dispositivos de valorização e autovalorização na prática de um trabalho em saúde intercultural. 
Solange de Freitas Branco Lima  Inclusão e prática pedagógica: aspectos da dança entre os corpos docentes e discentes com deficiência a partir da LDBEN 9394/96 Eucenir Fredini Rocha A inclusão de alunos com deficiência no ambiente escolar nos remete à prática pedagógica, ou seja, a instrumentalidade do professor para desenvolver as habilidades acadêmicas do aluno que está inserido no espaço educacional. Táticas essas que, empregadas no ambiente educacional, devem não só atender esse grupo, supracitado, como também os demais alunos que estão matriculados na escola. Mesmo que o grupo de pessoas com deficiência esteja matriculado e frequentando a escola sistematicamente, isso não implica dizer que ele está incluído. Porque para o atendimento de pessoas com deficiência no ambiente escolar é necessário aplicar estratégias diferenciadas. E a maneira com que os professores percebem a inclusão no ambiente educacional pode assumir diferentes formas e ser influenciada por diversos fatores, dentre eles: a for mação inicial e a intolerância. Uma prática pedagógica bem estruturada e alinhada às necessidades dos alunos promoverá o desenvolvimento de suas habilidades básicas. A inclusão e a prática pedagógica possuem conceitos que perpassam os campos do conhecimento filosófico. Nesse sentido, apropriei-me de duas metáforas para compreender e descrever esses conceitos, a saber: “a dança” e “os corpos”. A dança é a arte de movimentar-se expressivamente com o corpo. E essa expressão envolve a sua interação, muitas vezes, padronizada: na estética, nas dimensões e nas habilidades. Essa padronização, em busca da perfeição, procura os seus pares. Assim como a dança une corpos díspares, a educação deve possuir este propósito, para que os corpos docentes e discentes encontrem a sua intersecção na busca do conhecimento.

 

2016

Pesquisador(a) Pesquisa Supervisor(a) Resumo
José Roberto Severino Cultura e audiovisual: memórias e representações da Bahia na era digital Zilda Iokoi O projeto trata sobre a qualificação dos processos pedagógicos na rede pública de ensino baiana e brasileira nos últimos dez anos a partir da aproximação entre educação, cultura e audiovisual. Trata dos múltiplos agentes de produção simbólica, econômica e institucional mobilizados a partir das políticas públicas de inclusão da diversidade cultural nos ambientes da educação formal, com vistas a compreender os processos de formação e de produção de audiovisual na escola como fator de promoção da cidadania. Objetiva descrever os resultados de políticas voltadas para docentes que atuaram em espaços de cultura e educação, e desenvolveram a possibilidade de (re)conhecer valores culturais da comunidade através das ferramentas da comunicação das antigas e novas mídias (web jornais, vídeos, blogs) bem como materiais didático-pedagógicos voltados para o ensino a partir da diversidade cultural na escola (artes visuais, fotografia, audiovisual), além da participação social a partir da produção de jornais murais, rádios e tevês comunitárias. As reflexões têm como foco ações em espaços de cultura e educação, que desenvolveram possibilidades locais de (re) conhecer valores culturais em comunidade, com as ferramentas da comunicação, na produção de sociabilidades e subjetividades urbanas contemporâneas.
Sonia Maria D’Elboux A tutela jurídica das expressões culturais tradicionais (ECTs) e de
seus expoentes e transmissores (os mestres e “griôs”) das culturas
tradicionais de transmissão oral no Brasil
Sérgio Bairon Com essa pesquisa de pós-doutorado me propus a analisar, conjuntamente, dois temas relevantes e profundamente interligados que, havia vários anos, eram discutidos de forma paralela e sem a necessária aproximação: um apenas no âmbito do Ministério da Cultura e outro por meio de projetos de lei, já em trâmite no Congresso Nacional. O primeiro tema refere-se à necessidade (ou não) de implementação de uma nova política legislativa, visando à construção de uma categoria jurídica plenamente adequada para a proteção, no Brasil, das chamadas Expressões Culturais Tradicionais (ECTs) de transmissão oral (quais sejam: expressões verbais, como os contos, as lendas, os poemas e outras narrações; as canções e a música instrumental; as expressões corporais, como danças, representações cênicas; cerimônias, rituais e outras interpretações ou execuções; obras de arte, como desenhos, pinturas, incluindo as corporais, entalhamentos, esculturas, peças em cerâmica e terracota, mosaicos, trabalhos artísticos em madeira e metal, joias, cestarias, tapeçaria, artesanato, instrumentos musicais e obras arquitetônicas) tendo em vista que a legislação em vigor protege (pelos direitos autorais) apenas as criações de indivíduos identificáveis e não as expressões culturais fundadas na tradição oral, que têm como condições de fundo a criatividade, a originalidade e a representatividade de um grupo social. O segundo tema, intimamente relacionado com primeiro, vinha sendo conduzido de forma totalmente apartada. Trata-se da instituição de uma política nacional de proteção e fomento aos saberes e fazeres das culturas tradicionais de transmissão oral do Brasil, por meio do reconhecimento, valorização e proteção dos mestres e “griôs”, que são as pessoas que, dentro dessas culturas orais, detêm esses conhecimentos e deverão transmiti-los às novas gerações e compartilha-los com o mundo acadêmico

 

2015

Pesquisador(a) Pesquisa Supervisor(a) Resumo
Francione Oliveira Carvalho Território do Significado: Imigração Sul-Americana e as Negociações Culturais na Escola de São Paulo Zilda Iokoi  Desde a implementação do Mercosul vemos o fluxo de imigrantes sul-americanos aumentar tanto nas regiões de fronteira como nas grandes cidades brasileiras, caso da capital paulista. A globalização das sociedades contemporâneas também ressignifica o sentido da cidadania, pois as cidades tornam-se palimpsestos de referências e pertencimentos. Diferentes possibilidades de ser passam a conviver no mesmo território, abrindo fendas para a problematização sobre o próprio conceito de território, que deixa de ficar encerrado no espaço físico. Ao produzir significados a partir do espaço, os homens produzem cultura, identidade e estabelecem um campo de poder. Podemos nomear um “território do significado” (CARVALHO, 2011), que indo além da noção geográfica de delimitação e ocupação do espaço, dialoga com as estruturas de sentimentos, experiências, crenças e valores que produzem o reconhecimento e o pertencimento aos grupos. Este artigo resultado da pesquisa de Pós-Doutoramento no Diversitas Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos da USP sob a supervisão da Profª Drª Zilda Márcia Grícoli Iokoi traz uma reflexão sobre a presença dos alunos estrangeiros na Rede Municipal de São Paulo, com destaque para os de origem boliviana matriculados na EMEF Infante Dom Henrique, localizada no bairro do Pari. Durante 16 meses o pesquisador acompanhou o cotidiano da escola e participou do Projeto Escola Apropriada: educação, cidadania e direitos humanos.
Mara Selaibe As vozes dos músicos da Sinfônica de Heliópolis – processos de identificação em situação de deslocamentos simbólicos José Antonio Vasconcelos O projeto dedicou-se a uma análise de processos de identificação psíquica em movimento nos músicos pertencentes à Orquestra Sinfônica Heliópolis, parte integrante do Instituto Baccarelli, localizado no bairro de Heliópolis, na cidade de São Paulo. A Orquestra existe há nove anos, congrega 80 músicos, estudantes avançados de música e, nesse sentido, possuir um caráter experimental. A hipótese a ser pesquisada constitui-se a partir da afirmação de que os integrantes da Orquestra, que vêm vivenciando seus estudos musicais no Instituto Baccarelli, experimentam um movimento de deslocamento simbólico de sua rede de referências básicas. A partir dessa afirmação a hipótese é de que tais movimentos acarretam novas identificações psíquicas. Para uma aproximação possível aos sujeitos em questão o mais relevante será escutar suas vozes, escutá-los falar de maneira a conhecer suas interpretações, suas elaborações sobre suas vivências nesses anos em que participam das atividades do Instituto tendo chegado a integrar a sua orquestra principal. Essa pesquisa será embasada na teoria psicanalítica, incluindo algumas das contribuições a ela advindas das obras de Gilles Deleuze e de Michel Foucault.
Marta Simões Peres Pedagogia Griô sob uma Perspectiva Polifônica – diálogos entre corpos e redes Sérgio Bairon O objetivo deste projeto é realizar diálogos entre a Pedagogia Griô e os processos de criação em artes cênicas, propondo ações nesta Universidade. O conceito bakhtiniano de polifonia é relacionado aos saberes tradicionais, tecnologias digitais e novas mídias. As ações voltam-se para os campos de ensino/pesquisa/extensão universitária, sob a perspectiva da Pedagogia Griô e dos Estudos da Deficiência. A iniciativa originou-se no lançamento do Laboratório de Políticas Culturais/Universidade Griô na UFRJ, seguido do curso/percurso "Cultura dos Povos Tradicionais de Terreiros" com o ogan Aderbal de Ashogun Moreira (2012). O presente projeto visa expandir este percurso, tecer novas parcerias e contribuir com a proposta em andamento de uma pós-graduação em Pedagogia Griô na USP.  Inúmeras culturas tradicionais lidam com a saúde sob um outro ponto de vista, diverso do modelo hospitalocêntrico da medicina ocidental. Naquelas, a prevenção é altamente valorizada e a saúde inscreve-se de modo mais direto no corpo (Peres, 2012). A dança pode favorecer outra perspectiva de saúde, o que vai ao encontro da Pedagogia Griô. Aderbal ressaltou a importância das pessoas com deficiência na cultura dos Povos de Terreiro, enfatizando a ideia de acolhimento de todos os membros de um grupo (pessoas com deficiência visual participaram do percurso). A atitude combativa e criativa da Ação Griô Nacional e o protagonismo dos griôs na produção de conhecimento remete ao lema que sintetiza o programa de ação do movimento das pessoas com deficiência: “Nada sobre nós sem nós”. Ao lutar pela expressão de vozes historicamente excluídas dos discursos da cultura brasileira, a atuação da pedagogia griô é marcadamente polifônica, em contraste com a atitude monológica dos saberes “oficiais” de cunho europeu.
Priscilla Barrak Ermel Brincando Dentro e Fora da Tela: Arte, Hipermídia e a Construção da Pessoa na Produção Partilhada do Conhecimento Sérgio Bairon Nosso projeto de pesquisa propôs um trabalho sobre três eixos: produção partilhada do conhecimento; pesquisa de linguagem e reflexões sobre a construção da pessoa caiçara pelo viés artístico. Neste percurso, trabalhamos na pesquisa realizando filmagens, ações colaborativas docentes e artísticas junto à população local, buscando sempre um meio de aproximação de linguagens, de compreensão mútua de universos díspares: o acadêmico e o caiçara. Muitos foram os caminhos percorridos para chegarmos ao produto final, o texto-audiovisual “A Máscara e o Filme” que acompanha este relatório no link. www.youtube.com/watch?v=bvv0ymtrv88.
Rosana Maria César del Picchia de Araújo Nogueira Inclusão Social e Acessibilidade Digital: inclusão social de pessoas com deficiência (s) e/ou mobilidade reduzida a partir de Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs) Gilson Schwartz Esta pesquisa teve como objetivo refletir e analisar sobre a temática “inclusão social e acessibilidade digital”, incidindo principalmente sobre inclusão social de pessoas com deficiência (s) e/ou mobilidade reduzida a partir da Tecnologia de Informação e de Comunicação (TICs)", no campo educacional e audiovisual.
Esse é um estudo de natureza eminentemente qualitativa, que articulou acessibilidade, inclusão social, digital e desenho universal por meio de tecnologias assistivas em ambientes escolares e não escolares. Foi dividido em três capítulos. O primeiro, tendo como foco a compreensão da construção social da deficiência no sentido de favorecer o entendimento dos processos de inclusão e exclusão; a identificação das lacunas existentes entre as ações governamentais voltadas para inclusão social de pessoas com deficiência (s) e/ou mobilidade reduzida e a visão dos beneficiários dessas ações, bem como compreender o processo de formulação de políticas públicas que visam combater a exclusão social desse grupo na prática. Já no segundo capítulo, procurou se fazer a descrição metodológica, apresentar o método, os sujeitos, os espaços escolares e não escolares em que ocorreram a pesquisa de campo. E o terceiro e último capítulo em que são apresentados os resultados e análise dos dados de pesquisa. Assim, foi possível constatar que a escola precisa cada vez mais preparar-se, organizar-se, enfim, adaptar-se. Cabe ao professor ser o mediador, refletir, usufruir de suas concepções e conhecimentos adquiridos durante a vida para posicionar-se em uma classe de escola inclusiva, frente a um aluno com necessidades educativas especiais. Em relação às TIC observou-se são apenas uma parte de um contínuo desenvolvimento de tecnologias, todos podendo apoiar e enriquecer a aprendizagem. Notou-se que a legislação deveria alterar a nomenclatura "portador de deficiência" tão carregada de preconceitos e deveria haver uma participação efetiva por parte das ONGs nas ações proativas em relação aos deficientes e necessidade de outras pesquisa sobre a temática em questão.
Sarah Soanirina Ohmer Witnessing Black Black women’s traumas: ritual and creativity-based activism in São Paulo and Rio de Janeiro Gislene Aparecida dos Santos Brazil falsely claims it has reached racial democracy. Individuals of African descente remain marginalized and largely uneducated, while other citizens openly criticize new affirmative action policies. Artists and writers of African descent have difficulty publishing their work. The overall context leaves little room for social mobility, let alone spiritual growth. Many voices in a recent documentary argue that slavery never ended; it grows under the guise of free trade, drug trafficking, unemployment and illiteracy. This context calls for new forms of activism and opportunities to further U.S.-Brazil collaborative research on racial marginalization and community empowerment. In solidarity with Afro-Brazilian women who raise awareness of social injustice and African spirituality, this project of archival research, oral narratives and cultural criticism will recognize the work of writers and activists Miriam Alves, Conceição Evaristo, Esmeralda Ribeiro and the young dancers of the Makalá troupe. This project will produce: a study on how these women exemplify strong contributions of therapeutic activism; proof that their work echoes 18th century Afro-Brazilian women healers; tools to include creative activism in curricula.

 

2014

Pesquisador(a) Pesquisa Supervisor(a) Resumo
Sandra Regina Chaves Nunes Música e Cidadania Zilda Iokoi  O projeto Música e Cidadania desenvolveu pesquisa sobre as experiências venezuelas e brasileiras com orquestras e a formação musical de jovens em comunidades carentes. A hipótese norteadora desta pesquisa constitui-se pela afirmação de que O Sistema, na Venezuela, e a Orquestra Sinfônica de Heliopólis, no Brasil, podem ser considerados, por dar acesso às formas musicais, projetos promotores de uma consciência individual e ampliadores da visão sobre a existência, sobre as alternativas de inclusão e de transformação social. Ao se estudar ações que envolvam a arte, como forma de transformação de uma determinada realidade, torna-se possível a transposição do conhecimento, para a criação de políticas culturais. Torna-se possível, ainda, a reflexão sobre o que é a política pública de cultura propriamente e a sua possibilidade de transformação social. Música e Cidadania apresenta dois eixos complementares: examinar as tendências do encaminhamento destinado às ações e práticas de atendimento público na atual ordem política coletiva e elaborar discurso crítico sobre as ações do Estado e instituições oficializadas. Além da pesquisa teórica, a História Oral configura-se como um suporte valioso para a compreensão do que os idealizadores, as comunidades e os jovens participantes deste projeto imaginam para si como formas de inserção e alternativas para a realidade.