Estima-se que a comunidade de bolivianos na cidade São Paulo seja de 200 mil pessoas. Imigrados da Bolívia em busca de trabalho, principalmente no ramo da costura, concentram-se nos bairros do Pari e Bom Retiro, onde há um grande número de confecções. Em sua maioria, os bolivianos consideram que as condições de vida no Brasil são melhores do que em seu país de origem. Muitos, no entanto, por não terem documentos e não falarem português, são explorados por donos de oficinas de costura, sendo até submetidos ao trabalho em condições análogas à escravidão. É comum vê-los procurando serviço nas ruas do Bom Retiro, de porta em porta nas oficinas de costura. Mas é comum também encontrá-los reunidos, aos sábados e domingos, em feiras e eventos da comunidade boliviana, com música, comidas e danças típicas. Costurando Sonhos mostra um pouco dessa pequena Bolívia em São Paulo e revela, a partir de depoimentos e entrevistas, as dificuldades de adaptação desses imigrantes em um novo contexto sociocultural.

 

A QUESTÃO GEOPOLITICA:

Dentro de um cenário latino-americano, a Bolívia encontra-se numa situação econômica que expulsa seus filhos pela falta de oportunidades de vida e de emprego. De forma concomitante, o Brasil na última década (2003-2012) tem criado condições de empregabilidade e renda e que tem motivado este fluxo migratório. Todavia, este processo ocorre dentro do processo de exploração da mão de obra pela estrutura capitalista da forma de produzir, chegando aos níveis de escravidão sistematizada.

 

QUEM SÃO ELES:

Estima-se que a comunidade de bolivianos na cidade de São Paulo seja de 200 mil pessoas. Imigrados da Bolívia em busca de trabalho, principalmente, no ramo da costura e se concentram nos bairros do Pari e Bom Retiro, onde há grande número de confecções. Eles consideram, em sua maioria, que no Brasil a vida é melhor do que em seu país de origem.

 

O TRABALHO:

Muitos, por não terem documentos – estão na condição de clandestinos – e por não falarem o português, são explorados por donos de oficinas de costura, sendo até submetidos ao trabalho em condições análogas à escravidão. São, provavelmente, 8 mil oficinas ilegais de costura. A jornada de trabalho vai das 5 da manhã até as 22 horas, ou seja, 17 horas/dia. A regra das oficinas é: quanto mais trabalha mais ganha. Todavia não há garantia de direitos sociais já que não há registro trabalhista. Praticamente todos chegam ao Brasil através de um coiote, tipo de agenciador para o dono da oficina.

 

A VIDA NÃO É SÓ TRABALHO:

Da mesma forma que é comum encontrá-los procurando por emprego nas oficinas do bairro Bom Retiro, é comum também encontrá-los reunidos, aos sábados e domingos, em feiras típicas. Nestas vendem artesanatos, comem, dançam e mantem contato com a sua cotidianidade.

 

QUESTÕES QUE FICAM NO AR:

 

Que sonhos os bolivianos trazem na bagagem?

 

Qual o preço destes sonhos?

 

Como fica o confronto étnico cultural?

 

 

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